O Instituto Yduqs e o IDOMED lançaram um curso gratuito de letramento étnico-racial voltado a estudantes, professores, profissionais da saúde e colaboradores. A iniciativa faz parte do programa Mediversidade e chega no mês em que se celebra o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha (25 de julho). Com carga horária de 40 horas, o conteúdo é online e oferece certificado ao final. Elaborado pelo médico Fleury Johnson, o curso aborda temas como racismo na prática clínica, estratégias de enfrentamento e o papel transformador das instituições de saúde.
Para Claudia Romano, presidente do Instituto Yduqs, a proposta reforça o compromisso com uma educação médica inclusiva e empática. O curso visa não só formar profissionais tecnicamente competentes, mas também atentos às realidades sociais e à pluralidade da população brasileira. “Democratizar o ensino significa reconhecer as experiências de grupos historicamente excluídos”, destacou. O curso também atua na desconstrução de estigmas e na promoção de um cuidado mais justo, eficaz e humanizado.
O lançamento ocorre em um momento de reconhecimento internacional do programa Mediversidade, que conquistou prêmios no Festival de Cannes com o livro e o curta-metragem Corpo Preto. Essas produções abordam o racismo estrutural na saúde e integram a estratégia de sensibilização e formação do projeto. Dados recentes mostram que mulheres negras enfrentam mais violência obstétrica, maior subestimação da dor e menos acesso a cuidados especializados, evidenciando a urgência de mudanças no ensino e na prática médica.
Criado em 2024, o Mediversidade atua em três frentes — Ensinar, Incluir e Mobilizar — e já promove ações como a revisão de currículos, criação de bolsas afirmativas, compra de manequins com tons de pele diversos e incentivo à pesquisa em saúde e equidade. O curso de letramento étnico-racial está disponível para o público em geral pelo site: www.idomed.com.br/letramento-mediversidade.
