Receber o diagnóstico de câncer não afeta apenas a saúde física. O impacto emocional desta notícia e os desafios do tratamento costumam atingir de forma significativa, tanto os pacientes quanto seus familiares. Atento a essa realidade, o Centro Regional Integrado de Oncologia (CRIO) investe continuamente em estratégias de acolhimento psicológico, oferecendo cuidado integral que une ciência, tecnologia e humanização.
Somente no ano passado, o serviço de psicologia da instituição realizou cerca de 2 mil atendimentos a pacientes e familiares. Mais de 70% dos acompanhamentos foram direcionados à mulheres, em sua maioria diagnosticadas com câncer de mama. Entre os homens, que representam pouco mais de 20% do total, os casos mais frequentes foram de câncer de próstata e de cabeça e pescoço.
O levantamento ainda aponta que a maioria dos pacientes procura apoio psicológico apenas após os três primeiros meses do diagnóstico, quando já estão diante das exigências do tratamento. “Apenas 15% iniciam o acompanhamento psicológico logo após o diagnóstico da doença, etapa considerada importante para o melhor enfrentamento e adaptação às mudanças durante todo o processo de cuidado”, ressalta a psicóloga Patrícia Peixoto.
Entre as principais demandas levadas ao serviço, estão ansiedade, humor deprimido, dificuldades de adaptação ao diagnóstico e à rotina do tratamento, além de mudanças nas relações pessoais, conjugais e familiares. “Também são frequentes preocupações relacionadas à perda de autonomia e ao medo de recidivas ou metástases”, acrescenta a psicóloga.
Para Patrícia, o acompanhamento psicológico é um recurso fundamental que fortalece a saúde mental no contexto do adoecimento. “O câncer traz muitas incertezas e mudanças na vida dos pacientes e de suas famílias. Esse apoio possibilita que eles ressignifiquem a experiência da doença e encontrem caminhos para lidar com a ansiedade, o medo e as transformações que surgem ao longo do processo”, conclui.
Sobre o CRIO
O Centro Regional Integrado de Oncologia (CRIO) é referência no tratamento do câncer no Norte e Nordeste, sendo habilitado pelo Ministério da Saúde como uma Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon). A instituição dispõe de ambulatórios de consultas clínicas e prevenção, oferecendo serviços de radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e imunoterapia para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), particulares e de convênios.