A psicóloga Alice Munguba, especialista do Núcleo Infantojuvenil da Holiste Psiquiatria, alerta que, apesar da internet ser indispensável atualmente, o que vai pautar uma relação saudável com o universo online começa com uma boa preparação em casa.
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“O virtual facilitou a comunicação entre parentes, amigos e até com os próprios pais, mas também abriu a porta para alguns riscos que se potencializam quando não há nenhum tipo de supervisão e orientação, principalmente para responder às situações que ofereçam riscos físicos ou emocionais, como o cyberbullying, tanto para vítimas quanto para agressores. Na internet, alguns assuntos acabam ganhando uma proporção muito maior porque os adolescentes perdem a noção do que é público e privado, por isso a necessidade do olhar de um adulto filtrando o que é danoso”, esclarece.
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A psicóloga Alice Munguba faz alguns destaques:
Qual o público que o adolescente se comunica? São pessoas conhecidas ou desconhecidas? Você conhece quem joga com seu filho no virtual?
Qual o conteúdo da comunicação? Será que nos grupos e ambientes virtuais que esta criança ou adolescente participa, as mensagens estão conforme a educação que os responsáveis desejam transmitir, ou será que é agressiva e violenta?
Qual o nível de influência que este conteúdo causa? Contudo, é preciso que os pais se responsabilizem também por essa orientação. O despreparo é mais perigoso do que as ferramentas virtuais em si.
Além disso, a psicóloga destaca que mudanças de comportamento repentinas, queda no rendimento escolar, tempo demais diante às telas, agressividade, isolamento, são muitos os comportamentos que podem indicar que alguém está sendo vítima de algum tipo de violência, ou inserida em um ambiente virtual potencialmente nocivo. Por isso, é necessário que não haja tabu em buscar um profissional de saúde mental para direcionar estas questões.