A doença lúpus é caracterizada por ser inflamatória e autoimune, e que pode afetar múltiplos órgãos e tecidos, como pele, articulações, rins e cérebro. Por ter uma grande capacidade de atacar o próprio corpo, essa condição também apresenta grande impacto na fertilidade de homens e mulheres.
“Assim como todas as doenças autoimunes, o lúpus é mais comum em mulheres. A condição, quando está ativa, acarreta a redução da reserva ovariana, causando, assim, dificuldades em engravidar. Por conta desse risco, as mulheres que desejam ter filhos precisam fazer o planejamento reprodutivo adequado, para que seja possível uma gravidez segura”, explica o médico em reprodução assistida Marcelo Cavalcante.
Mesmo com a doença estando controlada, a gestação de mulheres com lúpus é considerada de alto risco. Os principais perigos são de abortamento espontâneo, restrição de crescimento intrauterino e fetal, eclâmpsia, parto prematuro e morte fetal. Para evitar isso, um acompanhamento mais rigoroso é necessário, principalmente no período pré-natal.
Reprodução assistida
Tendo evolução significativa no amparo de mulheres, a reprodução assistida pode ser um aliado para as pacientes com lúpus que queiram engravidar. “Por meio das várias técnicas de reprodução assistida, conseguimos auxiliar essa mulher no seu planejamento reprodutivo, seja por meio do congelamento de óvulos, congelamento de embriões ou até mesmo vendo o melhor momento para que ela engravide”, esclarece o especialista.