Dentre os diversos tipos de câncer, o ósseo, embora menos comum, merece atenção especial. “O tumor ósseo representa apenas cerca de 2% dos casos de câncer no Brasil. Apesar da baixa incidência, é fundamental que a população esteja atenta aos sintomas e procure um ortopedista ao perceber qualquer alteração”, explica a ortopedista Christine Muniz, Presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – Seção Ceará (SBOT-CE).
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Uma das principais dificuldades no combate ao câncer ósseo é a falta de conhecimento sobre suas causas. No entanto, os sintomas mais comuns do câncer ósseo incluem dor, inchaço e dificuldade de movimento. “Essa ausência de informações dificulta a prevenção, e, acima de tudo, torna o diagnóstico precoce ainda mais importante. A dor, especialmente se for persistente e piorar à noite, é um dos principais sinais”, ressalta Christine.
O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos, de imagem (tomografia, ressonância magnética e cintilografia óssea) e anatomopatológicos (análise de células do tumor).
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“Entre os tipos mais comuns de câncer ósseo, destacam-se o osteossarcoma, que atinge principalmente adolescentes e jovens adultos, e o sarcoma de Ewing, mais frequente em crianças e adolescentes. Ambos tendem a afetar os ossos longos, como fêmur e tíbia. Já o condrossarcoma é mais comum em adultos e desenvolve-se com maior frequência no fêmur, na bacia e no úmero”, destaca a médica.
O tratamento do câncer ósseo é individualizado e depende de fatores como o tipo de tumor, o estágio da doença e as características do paciente. “Quanto mais cedo o câncer for detectado, maiores são as chances de sucesso do tratamento. Ao perceber qualquer alteração, um ortopedista deve ser consultado”, alerta a profissional.