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Câncer colorretal é o segundo com maior incidência no Brasil

De acordo com o cirurgião, a alimentação é fundamental na prevenção da doença

20 de janeiro de 2023

Descoberto recentemente pela cantora Preta Gil, o câncer colorretal – tumores que atingem o intestino grosso (o cólon) e o reto, é o segundo com maior incidência e a terceira principal causa de morte pela doença no Brasil. No entanto, com os exames preventivos e o diagnóstico precoce, as chances de cura aumentam significativamente. Guilherme Roeder, cirurgião oncologista e professor de oncologia do Instituto de Educação Médica (Idomed), explica que o tumor acomete o segmento final do intestino.

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“A adenocarcinoma nasce na parte interna do colo e do reto. Apesar de ser prevalente acima dos 65 anos, mais de 90% dos casos ocorrem em indivíduos acima dos 50 anos. Entretanto, é importante ressaltar que nos últimos 20 anos a doença duplicou em pacientes entre 45 e 50 anos de idade”, destaca o especialista.

Pelé e Roberto Dinamite

Pelé e Roberto Dinamite, dois grandes ídolos do futebol, infelizmente perderam recentemente a batalha contra o câncer colorretal, que atinge um em cada dez casos notificados. O oncologista atribui esse aumento de casos a alguns fatores, como idade, histórico familiar e hábitos de vida – esses podemos intervir, por exemplo, melhorando alimentação e praticando atividades físicas.

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O docente reforça a importância da realização de exames preventivos. “A chance de uma pessoa sadia ter câncer é de 5% e, caso a doença seja diagnosticada de forma precoce, a expectativa de cura passa de 90%”, afirma o professor.

Como prevenir?

De acordo com o cirurgião, a alimentação é fundamental na prevenção de tumores nessa região. “Procure aumentar o consumo de fibras, frutas, verduras, legumes e líquidos, reduzir o consumo excessivo de carne vermelha, alimentos processados, enlatados e ricos em gorduras. Crie uma rotina equilibrada, invista em uma alimentação saudável e pratique atividades físicas regularmente. Cuide-se”, completa Guilherme Roeder.

Para o especialista, a doença pode ser silenciosa, porém, com a progressão, podem surgir sintomas como sangramento nas fezes, dor ao evacuar, mudança de padrão evacuatório, alteração do hábito intestinal, distensão abdominal e dores. “É importante que pessoas assintomáticas façam exames como a colonoscopia e investiguem possíveis lesões precursoras e pólipos, a fim de evitar que se tornem um câncer. Após o diagnóstico, será necessário realizar uma série de exames de imagem para avaliar a atual situação da doença, se está limitada no intestino ou atingiu os linfonodos e se possui sinais de metástase”, diz Roeder.

Os tratamentos comuns incluem quimioterapia, radioterapia e, em alguns casos, cirurgia. A ordem dos procedimentos depende do tamanho, localização e nível de propagação do câncer no paciente.




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