A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, na última terça-feira (2), a realização de testes no Brasil de uma potencial vacina para Covid-19, desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, e a empresa farmacêutica AstraZeneca.
No Brasil, os estudos devem acontecer em junho e serão coordenados pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com apoio do Ministério da Saúde, contando com cerca de dois mil voluntários.
Segundo a Unifesp, para a etapa dos testes em São Paulo, serão recrutados mil voluntários que estejam na linha de frente do combate à Covid-19, uma vez que estão mais expostos à contaminação. Eles precisam ser soronegativo, ou seja, pessoas que não tenham contraído a doença anteriormente.
O estudo irá avaliar segurança, eficácia e imunogenicidade da vacina ChAdOx1 nCoV-19 não replicante. Já foram realizados testes iniciais em animais e estudos clínicos em humanos na Inglaterra. Os resultados demonstraram que o seu perfil de segurança foi aceitável.
Sobre a vacina
Segundo a Anvisa, a vacina ChAdOx1 nCoV-19, conhecida como AZD1222, usa um vetor viral baseado em uma versão enfraquecida do resfriado comum (adenovírus) contendo o material genético da proteína spike Sars-CoV-2. O vetor de adenovírus recombinante (ChAdOx1) foi escolhido para gerar uma forte resposta imune a partir de uma dose única sem causar uma infecção contínua no indivíduo vacinado.