Campinas/SP: O Brasil já não é mais um país jovem. Em 2023, a expectativa de vida do brasileiro aumentou de 75,4 para 76,4 anos, de acordo com o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e isso diz muito sobre a realidade do país. Se estamos vivendo mais é porque, de alguma forma, estamos nos cuidando mais. O acesso à saúde pública é fundamental para rastrear e tratar doenças, mas a prevenção é a palavra chave. Uma população mais velha está mais propensa a doenças que se aproveitam da tal maturidade e o câncer é uma delas. Por isso, o Dia Mundial do Câncer alerta para a necessidade de uma mudança no estilo de vida, capaz de evitar cerca de 30% dos tumores mais diagnosticados no país, entre eles pele, próstata, mama, pulmão e colorretal.
Alimentação saudável, atividade física, saúde do sono, controle do uso de substâncias tóxicas, saúde mental e relacionamentos são a base para uma vida mais saudável e longeva. Essas práticas formam os seis pilares da Medicina do Estilo de Vida, que vem sendo não apenas recomendada por médicos, mas aplicada por eles no dia a dia. André Sasse, oncologista clínico e CEO do Grupo SOnHe, explica que a mudança de hábitos precisa ser adotada por todos o mais rápido possível. “Nós já sabemos que esse conjunto de fatores é eficiente e a longo prazo será transformador. Quanto mais pessoas se exercitarem e mantiverem uma rotina saudável de sono, alimentação e lazer, menos pessoas ficarão doentes”, alerta o oncologista, que completa com um reforço importante para as pessoas que já enfrentam algum tipo de câncer. “Hoje, a atividade física faz parte do tratamento do câncer, porque ela oferece mais resistência e imunidade ao paciente. É a natureza dando respostas positivas”, comemora Sasse.
Alexandrina Aparecida dos Santos, de 59 anos, convive há sete com a Leucemia Linfocítica Crônica (LLC) e quando descobriu a doença se viu obrigada a mudar de vida. Alexandrina intensificou a atividade física, cortou o açúcar e trouxe ainda mais saúde para a vida. “Foi uma mudança radical. Eu me exercito todos os dias mesmo, porque sei que esse hábito está fazendo a diferença no meu tratamento”, reforça a paciente.
Vânia Cristina Cardoso, hoje com 46 anos, tem a corrida como uma ferramenta fundamental para se recuperar da recidiva do câncer de mama. Se não bastasse o segundo diagnóstico da doença, ela enfrentou o abandono emocional por parte do marido, de quem se divorciou há 4 anos, assim que recebeu a notícia de que o câncer estava de volta. “A atividade física tem me ajudado muito tanto na manutenção da minha saúde física quanto mental. Eu me sinto mais forte, segura e confiante. É também, sobre autoestima”, diz Vânia.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), cerca de 70% dos casos de câncer diagnosticados em todo o mundo, acometem pessoas na terceira idade, em função do envelhecimento e da incapacidade de recuperação rápida das células. Com a população brasileira vivendo mais, o apelo dos especialistas em saúde é para que os hábitos sejam alterados, de modo que as pessoas priorizem práticas que no passado não eram incentivadas. “Atividade física não é mais para quem gosta, eu diria que é para quem gosta da vida. Quem se exercita diariamente, se alimenta melhor, dorme melhor e se torna uma pessoa menos tensa, mais alegre, de bem com a vida. Esses fatores ajudam na imunidade de qualquer pessoa. Por isso, o Dia Mundial do Câncer traz uma importante reflexão para todos nós sobre o quanto gostamos de viver”, provoca o oncologista André Sasse, que faz questão de manter uma vida ativa e saudável, apesar da agenda apertada. “Nós precisamos quebrar esse mau hábito e fazer um pouco por dia e não parar mais, recomenda Sasse.
Sobre o Grupo SOnHe
O Grupo SOnHe – Oncologia e Hematologia é formado por oncologistas e hematologistas que fazem atendimento oncológico alinhado às recentes descobertas da ciência, com tratamento integral, humanizado e multidisciplinar em importantes centros de tratamento de câncer em Campinas, como o Hospital Santa Tereza, Oncologia Vera Cruz, Hospital Puc-Campinas, além do UNACON, em Americana. O Grupo oferece excelência no cuidado oncológico e na produção de conhecimento de forma ética, científica e humanitária, por meio de uma equipe inovadora e sempre comprometida com o ser humano. O SOnHe é formado por 15 especialistas sendo três deles com doutorado e três com mestrado. Fazem parte do grupo os oncologistas André Deeke Sasse, David Pinheiro Cunha, Vinícius Correa da Conceição, Vivian Castro Antunes de Vasconcelos, Rafael Luís, Susana Ramalho, Leonardo Roberto da Silva, Higor Mantovani, Débora Curi, Isabela Pinheiro, Amanda Negrini, Laís Feres, Nayara Nardini e pelas hematologistas Lorena Bedotti, Jamille Cunha. Saiba mais: no portal www.sonhe.med.br e nas redes sociais.