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Atraso de fala: quando deve virar preocupação?

Especialistas da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) oferece dicas para auxiliar pequenos nesta situação Uma das principais queixas nos consultórios pediátricos, o atraso de fala em crianças, gera dúvidas e preocupações entre pais e responsáveis. Reconhecer os marcos esperados de desenvolvimento é essencial para identificar se um atraso é transitório ou pode […]

16 de fevereiro de 2025

Especialistas da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) oferece dicas para auxiliar pequenos nesta situação

Uma das principais queixas nos consultórios pediátricos, o atraso de fala em crianças, gera dúvidas e preocupações entre pais e responsáveis. Reconhecer os marcos esperados de desenvolvimento é essencial para identificar se um atraso é transitório ou pode ser sinal de uma condição que merece mais atenção e tratamento.

A médica otorrinolaringologista e foniatra, membro do Departamento de Foniatria da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), Dra. Mônica Elisabeth Simons Guerra, explica que é fundamental observar os marcos de desenvolvimento infantil e realizar avaliações específicas, incluindo exames auditivos, para compreender as possíveis causas do atraso.

Entre os principais motivos estão problemas auditivos, transtorno do desenvolvimento de linguagem (TDL), condições como o Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou fatores ambientais e sociais. “Além do teste da orelhinha, realizado ao nascimento, é essencial reavaliar a criança em idades posteriores, já que déficits auditivos podem surgir e impactar diretamente a linguagem”, alerta a doutora. Outras avaliações, como a análise de habilidades motoras orais e cognitivas, também ajudam a determinar a origem do atraso.

Para apoiar pais e profissionais, os marcos de desenvolvimento infantil, atualizados em 2022 pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e adotados pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), são considerados ferramentas fundamentais. Esses indicadores cobrem o período de dois meses a cinco anos e indicam o que se espera em áreas como linguagem, habilidades sociais e cognição.

Por exemplo, aos 12 meses, é esperado que a criança balbucie palavras simples como “mamãe” e “papá”, enquanto aos dois anos, ela já deve ser capaz de formar frases curtas, com duas palavras. Aos três anos, a fala deve ser compreensível para a maior parte das pessoas, mesmo com possíveis trocas de sons.

Se esses marcos não forem alcançados, é importante buscar orientação médica. A especialista reforça que a avaliação é sempre individualizada, levando em conta o histórico da criança, seus estímulos e condições de saúde. “Nem sempre o atraso é algo preocupante, mas é preciso identificar rapidamente se há um problema subjacente que exige intervenção”, destaca.

Sobre as possíveis causas mais comuns, o TDL, por exemplo, refere-se a dificuldades específicas na linguagem, sem causas evidentes. No caso do autismo, atrasos na fala frequentemente vêm acompanhados de desafios em habilidades sociais e comportamentais. Já problemas auditivos, como perda parcial ou total da audição, são uma das causas mais recorrentes e fáceis de diagnosticar quando há suspeita. Em muitas situações, o atraso também pode ser resultado de estímulos insuficientes, como a falta de interação verbal frequente com a criança.

“A identificação e o tratamento precoce são fundamentais para promover o desenvolvimento da criança e evitar impactos na vida escolar e social. Com ferramentas como os marcos do CDC e o acompanhamento profissional, pais e responsáveis podem se sentir mais seguros e preparados para apoiar o desenvolvimento das crianças”, explica a Dra Vanessa Magosso Franchi, coordenadora do Departamento de Foniatria Departamento de Foniatria da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF).

Sobre a ABORL-CCF

Com 75 anos de atuação entre Federação, Sociedade e Associação, a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), Departamento de Otorrinolaringologia da Associação Médica Brasileira (AMB), promove o desenvolvimento da especialidade por meio de seus cursos, congressos, projetos de educação médica e intercâmbios científicos, entre outras entidades nacionais e internacionais. Busca também a defesa da especialidade e luta por melhores formas para uma remuneração justa em prol dos mais de 8.600 otorrinolaringologistas em todo o país




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