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Arboviroses possuem impactos negativos na saúde materno-infantil

De acordo com dados do IntegraSUS, foram notificados no Ceará 3.960 casos de dengue e 755 casos de chikungunya até fevereiro de 2024

11 de março de 2024

A proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue e chikungunya, aumenta com o calor e a chegada do período chuvoso no Ceará. Caracterizadas como arboviroses, essas doenças são um desafio constante para a saúde pública. De acordo com dados do IntegraSUS, painel criado pelo governo do Ceará que é atualizado diariamente, foram notificados 3.960 casos de dengue e 755 casos de chikungunya no Estado até fevereiro de 2024.

A doença pode ser classificada como dengue, dengue com sinais de alarme e dengue grave, com sintomas clínicos que incluem dores musculares, febre, mal-estar, moleza, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. Porém, de acordo com o médico especialista em reprodução assistida, Marcelo Cavalcante, outros sintomas chamam atenção, principalmente em mulheres que estão grávidas. “Estas infecções podem ser mais graves em mulheres grávidas do que na população em geral. As arboviroses podem afetar gravemente o resultado da gravidez e estão associadas a riscos aumentados de perda fetal e nascimento prematuro”, afirma.

Riscos

A transmissão intraparto resulta em infecções neonatais graves, como ocorre com o vírus chikungunya. “A infecção neonatal pelo vírus chikungunya pode acontecer por contaminação intraparto e é agora reconhecida como uma complicação importante da infecção materna por chikungunya. Os sintomas neonatais desenvolvem-se entre 3 e 7 dias após o parto e variam de apresentação leve (em 43% dos casos) a infecção grave com encefalite (em 53% dos casos) que requer cuidados intensivos “, detalha Marcelo.

Já o vírus da dengue está associado a um risco substancial de resultados fetais adversos. Estudos mostraram que a dengue sintomática está relacionada a um risco aumentado de aborto espontâneo, natimorto, nascimento prematuro e baixo peso ao nascer.




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