Mais conhecida, a endometriose é uma doença caracterizada pela presença de tecido endometrial (que recobre a parte interna do útero, responsável pela menstruação) fora do útero. Quando esse tecido cresce no miométrio (camada muscular intermediária da parede uterina), ocorre a adenomiose, doença que pode impactar em vários aspectos a vida da mulher, especialmente na fertilidade.
Apesar de as vezes não apresentar sintomas, a doença costuma causar sangramento uterino anormal e provocar dores muito fortes. Essa é uma das principais causas de sangramento anormal e faz parte das doenças que devem ser investigadas quando isso acontece.
Uma em cada dez mulheres no mundo, em idade reprodutiva, pode sofrer com essa doença, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Estima-se que, somente no Brasil, 150.000 casos sejam registrados anualmente.
A médica Kathiane Lustosa, afirma que os sintomas mais frequentes da adenomiose são menstruação abundante e forte dor pélvica, principalmente, durante o ciclo menstrual. “Outros sinais menos frequentes são sangramento fora do período menstrual, dor durante a relação sexual, cólicas menstruais fortes, útero aumentado e dolorido”, complementa a médica. Mas os sintomas costumam melhorar ou até mesmo desaparecer após a menopausa, quando os níveis de estrogênio da mulher diminuem naturalmente.
O diagnóstico pode ser realizado por meio de exame clínico, ultrassonografia transvaginal, ressonância magnética ou histeroscopia.
“Não existe uma regra, cada paciente precisa ser avaliada, levantando-se em conta seu histórico médico, gravidade dos sintomas e expectativas reprodutivas”, enfatiza a médica Kathiane Lustosa. “A cura definitiva seria a histerectomia (remoção do útero), mas neste caso vários fatores precisam ser considerados, principalmente a idade da paciente, a dor que ela sente e se ainda tem interesse em ter filhos”, explica a profissional