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Dezembro vermelho: 535 casos de HIV no Ceará em 2018

Em Fortaleza, 146 óbitos foram registrados em decorrência da AIDS pelo Hospital São José

3 de dezembro de 2018
O mês de dezembro começa com a campanha de combate à AIDS. (Foto: Banco de Dados)

O mês de dezembro começa com a campanha de combate à AIDS. (Foto: Banco de Dados)

Dezembro é o mês escolhido para conscientizar a população sobre os riscos da AIDS e de doenças sexualmente transmissíveis. O primeiro (1º) do mês é considerado o dia Mundial de Combate à AIDS, a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. A data objetiva conscientizar a sociedade sobre os perigos da síndrome, porém o durante todo este mês a Campanha Nacional de Prevenção ao HIV/AIDS e outras infecções sexualmente transmissíveis, Dezembro Vermelho, fará para ações de alerta contra a enfermidade. A AIDS já fez 146 vítimas em Fortaleza só este ano, segundo dados do Hospital São José

Além de reforçar as informações e cuidados sobre os perigos, sintomas e formas de prevenção, a campanha tem a função de combater preconceitos sofridos pelos portadores do vírus HIV.

ALERTA

No primeiro semestre deste ano, no Ceará, uma pessoa morreu devido à Aids, a cada três dias. Sífilis é outra doença que vem se tornando epidemia.

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Segundo o Boletim Epidemiológico da HIV/aids deste ano, divulgado pelo Ministério da Saúde, o estado diminuiu em 2,5% o número de óbitos, em relação ao ano passado. No entanto, os dados são questionáveis quando comparados com o panorama nacional. Em 2018, o Brasil conseguiu diminuir em 8,1% o número de vítimas da AIDS, comparando com os dois últimos anos. Cerca de 7.700 pessoas estão em tratamento contra o HIV e a AIDS em Fortaleza. No Ceará, foram contabilizados ainda 533 casos de HIV, de janeiro a junho deste ano.

Prevenção
A ginecologista e obstetra Gabriela Alcantara destaca que além da possibilidade de prevenir a doença por meio do uso da camisinha, é preciso acompanhamento médico para detecção precoce das doenças .
“Durante a rotina ginecológica anual é importante realizar os exames sorológicos para todas essas doenças, principalmente se houver relação desprotegida ou com múltiplos parceiros. Outra coisa que precisamos destacar é a importância do diagnóstico de doenças sexualmente transmissíveis durante o pré-natal”, ressalta Gabriela.
A médica afirma que algumas dessas doenças têm repercussão no feto. O bebê já pode nascer infectado pelo HIV se não forem tomadas as medidas preventivas. Sífilis, por exemplo, se a mulher adquire na gestação e não trata, o bebê pode nascer com anemia severa ,alterações ósseas, hepáticas e outros inúmeros problemas.
“Em relação ao HIV, também esse diagnóstico e acompanhamento vão definir a via de parto da paciente. Pacientes com HIV podem sim ter parto normal, desde que a carga viral dela seja indetectável. A doença tem que estar tratada e o vírus não pode ser detectado na corrente sanguínea. Essa é a condição”, disse.

A necessidade de conscientização, relacionada ao uso de camisinha, é sempre essencial e urgente. Apesar das campanhas ao redor do mundo, a principal forma de contágio da doença ainda são as relações sexuais sem o uso de preservativo, além do compartilhamento de agulhas ou seringas. As vias de transmissão podem ser sangue, sêmen, secreção vaginal e leite materno.

ATENÇÃO: Formas de contato como abraço, beijo ou aperto de mão NÃO transmitem a doença.

Profilaxia Pós-Exposição (PEP)

Além do uso da camisinha como preventivo, uma outra estratégia é utilizada em casos de risco. A chamada Profilaxia Pós-Exposição (PEP) é um medicamento gratuito e funciona como parte de um tratamento por meio da terapia antirretroviral (TARV) para evitar a multiplicação do vírus HIV no organismo.

Segundo o Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das DSTs, do HIV/Aids e das Hepatites Virais, a profilaxia é prioritariamente ofertada para casos de violência sexual ou de exposição de risco ocasional. A eficácia da medicação é garantida para até 72 horas após a relação e precisa ser tomada durante o tratamento por 28 dias.

Atividades marcam o Dezembro vermelho em Fortaleza

O campus de Fortaleza promoverá, no mês de dezembro, uma programação alusiva ao Dezembro Vermelho, campanha que tem como objetivo prevenir e dar assistência e proteção aos portadores do HIV, além de combater a proliferação do vírus.

Na próxima quarta-feira (05/12), a Coordenadoria do Serviço de Saúde promoverá, das 8h30 às 12h e das 14h às 17h, uma campanha de testagem dos vírus HIV, sífilis e hepatite B e C. A ação ocorrerá no estacionamento do campus de Fortaleza (entrada pela Rua Marechal Deodoro), e poderão fazer o teste gratuito pessoas com idade superior a 14 anos (mediante apresentação de documento de identificação).

No mesmo dia a Diretoria de Extensão promoverá um Laço Vermelho Humano com a participação de alunos, servidores, terceirizados e da comunidade externa. A atividade, que acontecerá no estacionamento da Rua Paulino Nogueira às 11h30, será uma espécie de abraço coletivo ao campus para mobilizar e alertar a todos sobre a importância da campanha.

Atendimento

Fortaleza conta com nove locais de atendimento para pessoas com HIV. Confira a lista:

Hospital Distrital Gonzaga Mota de Messejana (Referência para gestantes)
Endereço: Avenida Perimetral, 7770, Messejana

Hospital Distrital Gonzaga Mota do José Walter
Endereço: Avenida D, 440, José Walter – 2ª Etapa

Policlínica João Pompeu Lopes Randal
Endereço: Rua Estrada do Itaperi – Passaré

Hospital Nossa Senhora da Conceição
Endereço: Rua 1018, 4ª etapa, 148, Conjunto Ceará

Hospital da Mulher
Endereço: Rua George Rocha, 50, Demócrito Rocha

Posto de Saúde Anastácio Magalhães
Endereço: Rua Delmiro de Farias, 1670, Rodolfo Teófilo

Posto de Saúde Carlos Ribeiro
Endereço: Rua Jacinto Matos, 944, Jacarecanga

Clínica Escola de Saúde Unichristus (parceria com o Município)
Endereço: Avenida Padre Antônio Tomás, 3404 – Cocó

Núcleo de Atenção Médica Integrada – Nami (parceria com o Município)
Endereço: Avenida Desembargador Floriano Benevides, 221, Edson Queiroz

FONTE: Jornal O Povo




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