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Dezembro Laranja: câncer de pele é o tipo com maior incidência no Brasil

A cada ano, cerca de 180 mil novos casos de câncer de pele são registrados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA)

11 de dezembro de 2018
Sinais e pintas irregulares podem identificar o câncer de pele. (Foto: Banco de Dados)

Sinais e pintas irregulares podem identificar o câncer de pele. (Foto: Banco de Dados)

Desenvolvida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a campanha “Dezembro Laranja” surgiu em 2014 como movimento de combate ao câncer de pele no Brasil. A cada novo dezembro, a entidade promove ações em prol da conscientização para a luta e a prevenção da doença.

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Segundo um estudo feito pelo Observatório de Oncologia, junto ao movimento Todos Juntos Contra o Câncer (TJCC), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), entre as 516 cidades onde os tumores mais matam no Brasil, 80% ficam nas regiões Sul e Sudeste; 9% no Nordeste; 7% no Centro-Oeste e 4%, na Norte.

Entre os tipos mais comuns, estão os carcinomas basocelulares e os espinocelulares. O melanoma é o tipo mais agressivo de câncer da pele, considerado letal.

Dezembro Laranja nas redes sociais

Uma das principais ações da campanha acontece no universo digital. Ao estimular o compartilhamento de fotos de pessoas vestindo uma peça de roupa laranja, publicando-as com a hashtag #dezembrolaranja, o movimento ganha força nas redes sociais e aumenta o alcance de público sobre a conscientização.

Câncer de pele: principais sintomas

O câncer da pele pode se assemelhar a sinais, eczemas ou outras lesões benignas. Portanto, é necessário estar sempre atento às irregularidades que podem surgir. Lesões avermelhadas, com elevação, cores muito escuras, com bordas muito irregulares, com erosões e sangramentos são alguns dos sintomas.

A SBD desenvolveu uma tabela chamada Regra do ABCDE que ajudam a identificar algumas manchas que podem ser perigosas:

Regras ABCDE, desenvolvida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia. (Fonte: SBD)

Regras ABCDE, desenvolvida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia. (Fonte: SBD)

Além desses sintomas, dependendo da área da pele que o tumor se desenvolve, outros sinais podem aparecer, como nódulos na pele, inchaço nos gânglios linfáticos, falta de ar ou tosse, dores abdominais e de cabeça.

ATENÇÃO: Em caso de qualquer suspeita, procure sempre um dermatologista.

Prevenção

Evitar a exposição excessiva ao sol e proteger a pele dos efeitos da radiação UV ainda são as principais formas de prevenção contra o melanoma. Dicas simples, como aplicar protetor solar diariamente, usar chapéus e camisas de manga comprida com proteção para raios UV quando exposto ao sol e consultar regularmente (ao menos uma vez por ano) o dermatologista para um exame completo também fazem parte da prevenção.

Como escolher um fotoprotetor?

Os primeiros passos são verificar o FPS, quanto é a proteção em relação aos raios UVA, e também se o produto é resistente ou não à água. Além disso, o valor do PPD que mede a proteção UVA deve ser sempre no mínimo metade do valor do filtro solar. Isso porque se sabe que os raios UVA também contribuem para o risco de câncer de pele.

Segundo a médica dermatologista Silvia Helena Rodrigues, o protetor solar é essencial para a proteção, principalmente para peles com menor teor de melanina. “De 10h às 15h, o sol danifica mais o DNA das células, então devemos evitar ao máximo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza utilizar o protetor solar fator 30. Para pessoas de pele mais clara, que ja tiveram o câncer de pele ou que tem muitas manchas, o ideal é que seja aplicado a proteção em fatores mais altos. Para crianças, deve ser procurado um filtro solar indicado para a determinada faixa etária”, explica.

A fórmula do produto (gel, creme, loção, spray, bastão) também deve ser considerado. Além de proteger dos raios solares, isso ajuda na prevenção de acne e oleosidade comuns.

Formas de tratamento

Quanto ao tratamento, é imprescindível que todos os casos de câncer de pele sejam diagnosticados e tratados o mais cedo possível. Mesmo os de baixa letalidade podem provocar lesões graves em em áreas expostas do corpo.

A modalidade escolhida varia conforme o tipo e a extensão da doença, mas, normalmente, a maior parte dos carcinomas basocelulares ou espinocelulares pode ser tratada com procedimentos simples. Cirurgias excisionais (locais) e outras tecnologias, como raspagens, congelamento com nitrogênio líquido e cirurgia a laser, também são alternativas.

Além das modalidades cirúrgicas, a radioterapia, a quimioterapia, a imunoterapia e as medicações orais e tópicas são outras opções de tratamentos para os carcinomas. No entanto, apenas um dermatologista pode avaliar e prescrever o tipo mais adequado de terapia.




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