Segov – Outubro 2023

Governo do Ceará investe em Plataforma de Modernização da Saúde

Uma rede de saúde mais integrada, tecnológica, acessível e humana no Ceará

16 de julho de 2020

O intuito da Plataforma é criar um sistema de saúde acessível e sustentável no Ceará até 2023. Foto: Secretaria da Saúde do Estado do Ceará

A Saúde pública do Ceará conta com mais inovação e eficiência com a desenvolvimento da Plataforma de Modernização da Saúde, criada pela Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa), do Governo do Estado. A iniciativa foi apresentada à bancada federal, em Brasília, em setembro de 2019 e surgiu como uma forma de tornar a saúde pública do Estado acessível, resolutiva, humana e inovadora.

Implementada com ações que contam com investimento extra de R$600 milhões, a missão da plataforma é, portanto, “promover a saúde individual e coletiva para a melhoria da qualidade de vida das pessoas”.

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Em relação aos valores, está o resultado centrado no cidadão, humanização do atendimento, valorização das pessoas, transparência e conhecimento e inovação.

Até 2023, o objetivo é ser referência aos cidadãos como sistema de saúde acessível, sustentável e de equidade, gerador de conhecimento e inovação.

Dentre os principais pontos da plataforma, está a criação do primeiro hospital universitário estadual (Uece); implantação do registro eletrônico da saúde, adequação e modernização dos hemocentros; equipamento e modernização das policlínicas regionais, UPAS e hospitais; expansão do Samu para cobertura de 100% do estado, implantação das Agências Regionais de Saúde; implantação do programa Pontos de Cuidado; e a seleção pública para profissionais de saúde.

A Plataforma vem para complementar os investimentos que já haviam sido feitos pelo Governo na área da saúde, com a criação de uma rede de saúde descentralizada, composta por Hospitais Regionais, UPAs 24 horas, Policlínicas, Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) e SAMU. A ideia é integrar toda essa rede de atendimento, organizando os dados dos pacientes, o registro eletrônico de saúde e o acesso aos históricos de cada cidadão atendido.

Tendo acesso a essas informações, a Sesa pode avaliar o cenário de cada região e entender quais as necessidades de cada uma delas.

A iniciativa, que foi implementada desde 2019, já apresenta bons resultados, como o melhor acolhimento e diagnóstico, tempo de internação e taxa de ocupação dos hospitais com reduções significativas, como no caso do Hospital Geral de Fortaleza (HGF).

Ações em destaque

Uma das políticas priorizadas pela Sesa é o fortalecimento da Rede de Atenção Primária, garantindo qualidade e eficiência à rede hospitalar por meio de parcerias com as gestões municipais.

Além disso, a organização das cinco Macrorregiões de Saúde no Estado e a implantação de iniciativas como as Agências Regionais de Saúde são fundamentais no processo.

De acordo com a Sesa, o acompanhamento dos cidadãos em qualquer unidade básica ou hospitalar será feito por meio de um registro eletrônico pelos profissionais da rede pública estadual, para que suas necessidades sejam devidamente atendidas.

Com o acesso, poderá ser fortalecido o vínculo entre os profissionais e o usuário, humanizando cada vez mais o atendimento e possibilitando a qualificação desses profissionais, por meio de mecanismos de avaliação de desempenho.

Por isso, foi criada a lei de Autoridade Reguladora de Saúde, que garante à Sesa o poder de avaliar as unidades de saúde, assegurando a eficácia do atendimento, bem como a segurança do paciente e a transparência.

Projeto Ponto de Cuidado tem como objetivo monitorar pacientes diagnosticados com diabetes ou hipertensão. Foto: Secretaria da Saúde do Estado do Ceará

Um exemplo é a criação do programa Ponto de Cuidado, uma parceria da Sesa com uma multinacional de Israel, para acompanhamento da hipertensão e diabetes. Aparelhos para aferir a pressão e glicose serão implantados em farmácias.

O serviço será disponibilizado para cidadãos cadastrados. As informações farão parte do banco de dados da Secretaria. Quem estiver no grupo de risco, recebe uma mensagem do sistema para dirigir-se ao posto de saúde mais próximo, além de informações educativas em vídeo.

As pessoas que se enquadram nessas condições de saúde poderão adquirir gratuitamente os remédios na Farmácia Popular do Ceará, por meio do sistema de monitoramento.

A mesma estratégia está sendo implementada em outras áreas, como as mamografias periódicas com acesso facilitado para prevenção do câncer de mama.

Nova estrutura organizacional

De acordo com análise do Governo do Estado, até o ano de 2010, os atendimentos da rede pública convergiam para Fortaleza. A partir de estudos das necessidades da população do interior, foram criadas metas até 2013, que refere-se à existência de uma rede interligada e com autonomia na prestação de serviços para cada região a partir da interiorização e divisão em cinco Macrorregiões de Saúde no Estado, unindo inovação e eficiência.

Por isso, foi estabelecida uma nova estrutura organizacional, baseada no planejamento e formulação de políticas públicas; atenção à saúde; monitoramento, avaliação e regulação; planejamento e execução dos processos administrativos, integradas à políticas de qualificação nas áreas de pesquisa e inovação.

Esse novo cenário foi criado a partir do diagnóstico da Sesa sobre planejamento, gestão e análise das necessidades da população. Foram observados, em cada unidade ligada à Sesa, aspectos como tempo de permanência das pessoas em atendimento, taxa de ocupação dos hospitais, taxa de cirurgias, incidência de infecção, mortalidade e satisfação do usuário. Os resultados dessas análises estabeleceu indicadores de qualidade para cada unidade.

Critérios epidemiológicos também foram levados em consideração. Por exemplo, a constatação de que em algumas regiões há menor incidência de chuvas, predominam casos de doenças ocasionadas por arboviroses. Assim, foram traçadas as prioridades.

IntegraSUS

Uma das ações que visam à transparência de dados foi a criação da plataforma IntegraSus. A ferramenta apresenta, entre outras funcionalidades, indicadores hospitalares e administrativo-financeiros, como o tempo de permanência dos usuários nas unidades, vagas disponíveis no hospital e gastos.

Durante a pandemia de Covid-19, a plataforma tornou-se referência no fornecimento de dados sobre a doença no Estado. As informações são repassadas pelos hospitais e trazem os registros de internações hospitalares dos casos suspeitos e confirmados de coronavírus, tanto nas unidades públicas quanto privadas, especificando os casos confirmados por município, o número de óbitos, faixa etária e sexo dos pacientes diagnosticados com a doença.

Além disso, informações como recursos financeiros aplicados e mapas analíticos também são disponibilizados à população na ferramenta.

*Conteúdo publieditorial




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