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Superar tabu masculino ajuda na prevenção do câncer de próstata

Toque retal e marcador PSA são exames de rastreamento para a doença

5 de novembro de 2020

[Câncer de próstata] Uma glândula com apenas quatro centímetros de largura e três centímetros de espessura é responsável também por um dos maiores tabus na prevenção do câncer de próstata entre os homens.

Para rastrear precocemente eventuais tumores malignos nesta glândula, uma das indicações é o exame de toque retal. Apesar de indicado especialmente para pacientes com idade superior a 50 anos, muitos ainda temem e evitam fazê-lo. A doença foi responsável por 15,5 mil mortes no Brasil em 2018 e é o segundo câncer mais registrado entre homens.

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Toque retal e marcador PSA (antígeno prostático específico) são exames de rastreamento para a doença que deve ter 3.330 novos pacientes diagnosticados em 2020 no Ceará.

“Quem procura acha, mas quem acha trata cedo e melhor. Quanto menor o tumor, não só é mais curável quanto tem-se melhores tratamentos e menores efeitos colaterais. Essas informações são importantes principalmente considerando o universo dos homens, que podem ser diagnosticados com tumor de próstata”, explica o oncologista clínico e diretor do Núcleo de Oncologia e Hematologia do Ceará (Nohc), Aurillo Rocha.

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A campanha Novembro Azul alerta para a importância da prevenção

Pelo menos 65.840 novos casos desse tipo de câncer devem ser diagnosticados no Brasil neste ano, dos quais 3.330 no Ceará, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). “O câncer de próstata acomete predominantemente homens acima de 50 anos, particularmente acima de 60 anos. De forma geral, os homens devem fazer exame anual com urologista a partir dos 50 anos. Há também casos em que se indica esse rastreamento mais cedo, a partir de 40, 45 anos”, explica o oncologista.

A próstata faz parte do sistema reprodutor masculino e fica entre o pênis e a bexiga urinária. A glândula tem ligação direta com as vesículas seminais (responsáveis pela formação de um dos componentes do sêmen) e com a uretra.

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Exames de toque retal e PSA

A detecção pode ser feita por meio da investigação (exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos), de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença (diagnóstico precoce), ou então com o uso de exames periódicos em pessoas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença (rastreamento).

O câncer da próstata tem evolução silenciosa na fase inicial. O médico ressalta que é essencial fazer consultas periódicas e assim evitar descobrir a doença já em estágio avançado.

“Os exames de rastreamento para o diagnóstico precoce são o toque retal feito pelo urologista e o exame de sangue do marcador PSA, que se complementam. Esclareço que esses exames não fazem diagnóstico, mas levantam a suspeita que será definida através da biópsia”, explica o oncologista.

Níveis altos de PSA podem significar câncer, mas também doenças benignas da próstata, como prostatite e hiperplasia prostática benigna, de acordo como médico. PSA é uma sigla do nome em inglês para antígeno prostático específico, uma proteína que é produzida pelo tecido prostático.

A dificuldade de urinar, necessidade de ir ao banheiro mais vezes durante o dia ou à noite são alguns dos sintomas que também são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata. Na fase avançada, a doença pode provocar dor óssea, sintomas urinários ou, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal. A escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada e definida após médico e paciente discutirem riscos e benefícios de cada um.

O que pode aumentar o risco

A idade é um fator de risco importante, já que a incidência e a mortalidade aumentam significativamente após os 50 anos.

Pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos pode refletir fatores genéticos (hereditários) e hábitos alimentares ou estilo de vida de risco de algumas famílias.

Excesso de gordura corporal também aumenta o risco de câncer de próstata avançado. Exposições a aminas aromáticas (comuns nas indústrias química, mecânica e de transformação de alumínio) arsênio (usado como conservante de madeira e como agrotóxico), produtos de petróleo, motor de escape de veículo, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA), fuligem e dioxinas são associadas ao câncer de próstata.




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